quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Relíquias

As primeiras pinturas em aquarelas e acrílicas datadas entre os anos de 1981 a 1991.



  • Trabalhos antigos que já os considero relíquias!  Quando comecei a dominar a técnica da aquarela, percebia que as manchas de tintas me conduziam ao naturalismo, e sem querer, fui guiado pelo inesperado marcado pelo pincel.

  • A variação da técnica ajudava a mudar o tema e o estilo, e nas pinturas acrílicas, as cores me conduziam ao figurativo e abstrato. Não usava pinceis, e sim, empaste da tinta com espátula.


 Os quadros sobrevivem ao longo do tempo.
Acrílicas









Tarde na praia



















Sem título


Monotipia

Monotipia em acrílica e ponteado em nanquim.



Aquarelas

Composição



Fundo de quintal

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Oiketicus kirbyi





Este desenho passou por vários processos e adaptações até sua conclusão final.


  • A técnica utilizada no cesto é aplicação da tinta gouache em papel-manteiga amassado, alguns tratamentos foram feitos para evidenciar a textura na representação da teia que compõe o casulo da lagarta - veja o vídeo.  Foi preciso fazer três versões do casulo até chegar no resultado satisfatório para sua conclusão.
  • A lagarta feita em separado, e pintada em aquarela e gouache em papel Fabriano 200g.
  • Toda a composição do trabalho foi finalizado com recurso digital combinando desenhos e fotografia em uma única prancha.

Local de trabalho, casulo em observação.


Manipulação da imagem e tratamento digital para composição do quadro.

A lagarta, em uma ótima pose para tirar fotos e mostrar sua beleza!   :-)

Conhecido como Bicho do Cesto.
As fêmeas vivem sempre em fase larval passando todo o ciclo de vida dentro de um casulo. Esse fenômeno é chamado de neotenia (larva neotênica), que ocorre quando as características da fase jovem são mantidas no estágio adulto.

Uma outra curiosidade é que a larva pode tecer sua teia agregando outros materiais encontrados na natureza como folhas e gravetos para compor seu casulo protetor.

Somente o macho desta espécie se transforma em mariposa ao atingir a fase adulta. 


Fonte: 

Neotenia

Durante os períodos de observação e o processo do desenho, aproveitei um dos momentos raros: o passeio da lagarta, por sinal muito arisca, foi a oportunidade para tirar fotos:
Seguindo o fio do telefone do laboratório.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Serra da Calçada

Paisagem do cerrado mineiro.

Vista noroeste da Serra da Calçada em Nova Lima. 
Além da beleza, é local preferido para lançamentos de planadores de encosta.  
Este desenho foi feito no final da tarde depois de um dia com pouco vento, na espera de um lift constante, e o momento de voar com um planador RC.


"O Buracão" - desenho no caderno de campo - aquarela.


Trimezia juncifolia, flor do cerrado:



quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Serra do Cipó

Páginas de cadernos de campo.

 Exercícios de desenhos de observação e esboços feitos em
cadernos de campo, com alunos do Curso de Ilustração Científica Biológica em 2013. 

O local de observações é o Parque Nacional da Cerra do Ci.


Scinax fuscovarius - aquarela

Hemidactylus mabouia (lagartixa domestica tropical morta)  
- aquarela

Libélula - aquarela com caneta dágua
Vespa - esboços  em desenho cego
Um momento na elaboração do desenho!

Paisagem no Mirante da Serra do Cipó.   
Aquarela e lápis de cor.

Deck do Tôma Fôlego - aquarela


Caminho para o canyon.


Trabalho de Campo na Serra do Cipó
Visitar o Parque Nacional da Serra do Cipó foi uma experiência didática para realizar trabalhos de campo. O objetivo foi treinar equipe de desenhistas para ajudar na coleta de dados de espécies endêmicas.

Fazemos parte de um grupo de ilustradores em formação dos cursos de ilustração científica, e a proposta desta nova atividade, é vivenciar, observar e descrever a paisagem, seus habitantes e seus comportamentos através dos desenhos. 
Os cadernos de campo ainda são ferramentas novas para nós desenhistas iniciados, mas agora passam a fazer parte importante do nosso material de trabalho como objetos mais recomendados para o nosso cotidiano, e soma aos já acostumados lápis, aquarelas e pinceis, e câmeras fotográficas nas nossas mochilas.

Como metodologia, o exercício do módulo proposto pelo curso de ilustração, é treinar o olhar do observador sobre os objetos reais. Se uma planta no meio da floresta, ou um animal no campo em movimento nos interessa, devemos estar atentos para o registro rápido. Esta atividade se difere dos desenhos que usam fotografias como referência visual, o que se tornou um vício da comodidade nos dias de hoje, principalmente com as imagens compartilhadas via internet.

A fotografia sim, foi usada como recurso auxiliar de foto-esboço, permitindo uma visão relativa ao autor e à sua obra da contextualização daquele lugar. Nosso grupo procurou desenvolver e aplicar os conceitos assimilados em sala de aula, até com treinamentos prévios em parques menores e jardins botânicos da cidade para exercer atividades em campo, e praticar esboços rápidos-cronometrados e quase cegos aprendidos nos cursos, e agora, aplicando na prática novas técnicas (de desenho e fotografia) para desenvolver as habilidades em ilustração científica.

É um desafio técnico (pode-se dizer que tem também uma função poéticaexperimentar a rusticidade e a rapidez de decisão ao se deparar com animais e suas interações com o ambiente, anotar os fatores climáticos, anotar formatos, coloração e hábito das plantas - atenção à flores características da paisagem do cerrado, e os fenômenos naturais típicos do lugar.

A exuberância do Parque Nacional da Serra do Cipó, nos deixou ofuscados pela beleza e permitiu um trabalho com maior sabor de aventura, bem diferente dos realizados em sala de aula. Os acasos e as oportunidades de registro da cena, em um contexto a céu aberto no meio da floresta do cerrado sujeito às intempéries e à falta de conforto, mais algum incômodo provocado por insetos, como os carrapatos, nos desperta atenção para situações curiosas e imprevisíveis, mas sem abrir mão dos cuidados necessários de segurança! 

Fiquei deslumbrado com um cenário de galhos retorcidos secos e queimados, em contraste com um verde intenso mesclando na paisagem uma poeira rosada suspensa pelos ventos rasantes ao chão, se fundindo com a neblina da manhã de inverno no horizonte azulado das montanhas. É de uma beleza cinematográfica!


 Julho/2013




Mirante da Serra do Cipó.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Exposição em Uberlândia

Workshop de ilustração científica ensina como é feito desenhos de livros. 
Com participação especial dos ilustradores científicos, Pedro Salgado e Marco Nunes Correia.



https://www.ufmg.br/online/arquivos/anexos/Borboletas2.png


terça-feira, 2 de julho de 2013

Foto-esboço


Parque Lagoa do Nado - Pato
 Aquarela e caneta hidrográfica ponta-porosa sobre papel Schoeller.

Pato em escorço.

Pato em escorço.



Durante as aulas de ilustração, observando elementos da natureza perto de um lago.

Eu não tinha tempo suficiente para desenhar todos os elementos que havia presenciado, mas os registros fotográficos ajudaram na elaboração dos esboços após um trabalho de campo. 

Nestas ilustrações, procurei focar a atitude e o movimento das aves. Tive uma atenção especial às plumagens e posturas como se vê no desenho do pato acima.


Etapas da aquarela - Galinha d'angola.


Numida Meleagris


quinta-feira, 20 de junho de 2013

Projeto Animação Expressionista

Em minha fase expressionista!


 
No vídeo acima são mostrados os animatics, e trechos de teste de ambientação de cenários em 3D para o filme.

Design de Cláudia Jussan

O design cinematográfico é assinado por Cláudia Jussan, junto com outros diretores artísticos e editores da saga que compõe a Trilogia do Caos com a direção e produção de Luiz Nazário na Escola de Belas Artes da UFMG.

Veja o making off  "Caóticos" logo abaixo no final da página...



Personagem Dr. Cretinus em cena no filme A Flor do Caos (2001).

http://www.eba.ufmg.br/acontece/2005/20050916no-flordocaos.html

  • Trilha sonora do teaser do filme (parte 3 do Projeto Trilogia do Caos): Dr. Cretinus Retorna.


Making off "CAÓTICOS"
O vídeo abaixo apresenta os integrantes da equipe de produção...







terça-feira, 11 de junho de 2013

Junonia evarete (Cramer 1779)






O desenho e a folha de transferência.

 
Este trabalho foi desenvolvido em duas etapas:
  • Criei um stencil (folha de transferência) em papel-manteiga com informações mais detalhadas dos padrões coloridos. Fiz demarcações mais precisas da gama de cores e tons, as disposições dos desenhos dos ocelos e outros detalhes nas asas. As marcações foram feitas com caneta esferográfica escrita fina e lápis de cor. 

Paleta de cores.
  • O desenho definitivo foi feito em duas camadas de cor. A primeira camada com aquarela e gouache, a segunda camada desenhada com lápis de cor aproveitando a textura do papel tipo Canson, com uma superfície semi-rugosa para simular as escamas das asas da borboleta.

 
Colorindo aproveitando a textura do papel.



Marcando a disposição das cores das escamas.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Hamadryas laodamia

                   

Conhecida popularmente como Borboleta Tronadora, Pororó Azul.

Consulte a fonte: Hamadryas (borboleta)


 

Técnica desta ilustração:

Aquarela e gouache sobre papel Arches 300g.


Neste trabalho, usei um recurso muito antigo utilizado na época da produção das animações clássicas em celulóide (cell animation), com a sobreposição de uma película transparente para inserir novos detalhes que contrastam, sem comprometer as características das cores, tonalidade e traços das superfícies em camadas, e da pintura que serve de base.

 


 

quinta-feira, 21 de março de 2013

Zarets itys

Inicio dos trabalhos com lepidópteros.
Etimologia: Lepidoptera > "lepdos" = escamas + "pteron" = asas 
(asas com escamas).





   
Paleta de cores, aquarela e gouache sobre papel Arches 300g.


  • Zaretis sp.
Conhecida popularmente como Borboleta Folha Seca.
Esta espécie está presente no Parque Estadual do Rio Doce - MG, Brasil.

Curiosidades:

"Só que as cores não são para agradar os nossos olhos!"
  • Fonte: Imagens da Ciência  -  http://www.youtube.com/user/imagoUFRJ?feature=watch


  • Ordem LEPIDOPTERA
  • Fonte: http://www.acervodigital.ufrrj.br/insetos/insetos_do_brasil/conteudo/tomo_05/01_lepidoptera.pdf



sábado, 12 de janeiro de 2013

Myroxylon peruiferum

Acima observando a semente alada, abaixo o desenho em andamento

Aquarela e lápis de cor sobre papel Fabriano 200g

Nome Popular: Cabreúva, cabreúva vermelha, bálsamo
Nome Científico: Myroxylon peruiferum

Família: Fabaceae-Faboideae


Síndrome de Dispersão: Anemocórica


Sinomínia Botânica: Myroxylon balsamum (L.) Harms, Toluifera peruifera (L.F.) Baill., Myrospermum pedicellatum Lam.


Grupo Ecológico: Não Pioneira


Classificação Sucessional: Secundária Tardia


Ameaça de Extinção: Vulnerável


Ocorrência conforme resolução SMA 08 - Estado de São Paulo Floresta Estacional Decidual - Centro, Floresta Estacional Semidecidual - Centro, Floresta Estacional Semidecidual - Noroeste, Floresta Estacional Semidecidual - Sudeste, Floresta Estacional Semidecidual - Sudoeste, Floresta Ombrófila Densa - Litoral Sul , Floresta Ombrófila Densa - Sudeste, Mata Ciliar - Centro, Mata 

Ciliar - Sudoeste, Mata Paludosa - Centro

Origem: Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espirito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Tocantins


Locais de Ocorrência Centro-Oeste, Nordeste, Norte, Sudeste, Sul


Onde Plantar: Praças, parques e jardins.


Solo de Plantio: Todos os Tipos


Porte da Árvore: de 15 a 20 metros


Utilidades: Construção Civil, Marcenaria, Mata Ciliar, Perfumaria


Madeira pesada, dura, de média resistência mecânica, grã geralmente revessa, de alta resistência ao apodrecimento. 


Tronco variando de 60 a 80 centímetros de diâmetro, com casca acinzentada e com fissuras.


Folhas compostas pinadas, com 9-13 folíolos glabros na página superior, de 5-10 cm de comprimento.


Flores brancas, de 5 pétalas, inseridas em cálices cobertos por uma penugem acetinada, dotados de 5 sulcos na forma de sino, agrupadas em cachos eretos e compridos.


Fruto seco, do tipo legume, alongado, de aproximadamente 6 cm de comprimento, curvado e levemente pendente, dotado de uma única semente. Fruta não comestível.


Potencial Paisagístico: Não possui um perfil ornamental.


Fenologia: Floresce durante os meses de julho-setembro. Os frutos amadurecem no período de outubro-novembro


Possui Propriedades Medicinais. Suas folhas e frutos atualmente são usados em preparações tópicas para o tratamento de feridas, úlceras e sarnas. Tem sido empregado também como aditivo de xaropes para tosse e de produtos para inalação, com propriedades antissépticas e expectorantes. Os índios da Amazônia tem usado sua resina (bálsamo) para abcessos, asma, bronquites, catarro, dor de cabeça, reumatismo, torcicolo e tuberculose. Tempo Médio de Emergência 30 Dias


Fonte: